terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sobre contusões e doutores

Passada a euforia da classificação para a final, vamos agora a realidade das coisas e falar sobre os problemas médicos com o nosso time.

Antes de mais nada, que fique bem claro: Não sou médico, não conheço o ofício, tampouco pretendo derrubar alguém.

Mas uma que coisa que sempre me deixou com uma pulga atrás da orelha foi o longo tempo de recuperação de nossos jogadores quando contundidos e os equívocos do departamento médico do clube.
Me lembro desde a contusão de Alex Alves passando pela de Lúcio Flávio em 2006 que todos os atletas que vão para o estaleiro em General Severiano acabam sempre por ter uma recuperação demorada e cheia de problemas. Isso sem falar na postura do departamento médico quando do episódio do dopping do Dodô em que aquele departamento foi a imprensa no calor dos acontecimentos e procurou antes de qualquer coisa tirar o corpo fora e se isentar de responsabilidade, não poupando nem o atleta, que àquela altura era patrimônio do clube, e nem o próprio clube. Tal postura serviu para colocar mais lenha na fogueira da polêmica e foi um dos estopins da derrocada do clube no brasileirão de 2007.

Mas vamos puxar pela memória. Quando Alex Alves se contundiu em 2005 no início da temporada houve uma previsão de recuperação demorada que se estendeu por se não me engano mais quatro a seis semanas além do previsto. Não me recordo o nome do jogador mas naquela época teve outro atleta que se machucou da mesma forma e retornou aos campos dentro do tempo previsto após o trabalho dos médicos de seu clube.
No caso da contusão de Lúcio Flávio em 2006 a mesma coisa. Com Diguinho ano passado também.

Agora temos contundidos Jorge Henrique, Zé Carlos e Fábio com distensões musculares; Ferrero e Lúcio Flávio com dores; A demorada recuperação de Leandro Guerreiro que sequer treinou com bola este ano. Isto sem falar na situação de André Luis que após recuperar a forma teve a sua estréia adiada por torcicolos em jogos conscutivos, e o caso de Túlio Souza que demorou mais de um mês para ser detectado o seu real problema, estava sendo tratado de outra forma e teve de ser operado aumentando ainda mais o seu tempo parado.

Com certeza que em jogos decisivos precisamos contar com força máxima, e mesmo que à meia boca o jogador queira e precise jogar no sacrifício, ainda mais quando temos poucas opções na reserva. Mas acho temerário jogadores importantes como Jorge Henrique e Zé Carlos correrem o risco de agravarem as suas contusões ao mesmo tempo e prejudicarem as suas temporadas e a do clube.

É certo que não temos um REFIS como o tricolor paulista ou as melhores condições para tratamento, mas acredito que esteja mais do que na hora da diretoria e do prórprio departamento médico do clube reavaliarem seus conceitos e atuações no tratamento dos atletas do clube.

A ESTRELA BRILHA!!!

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